Fim do Golpe: Vereador Ricardo Vieira Absolvido na CMF
As galerias da CMF foram tomadas por apoiadores |
O parecer, construído às pressas pelos vereadores que fazem parte da base governista no Conselho: Renato Geske (PR), Edinon Manoel da Rosa (PSB) e Celso Francisco Sandrini (PMDB), foi derrubado em plenário. A manobra política, planejada pelos vereadores governistas, que no Conselho de Ética derrubou o parecer do relator Erádio Gonçalves (DEM) pedindo o arquivamento do processo, não passou de um golpe para desviar o real interesse do grupo: as eleições de 2012.
A defesa do parlamentar, conduzida pelo advogado Matheus Felipe de Castro, pautou-se na falta de provas materiais no processo aberto pelo Conselho de Ética. Para Castro, os argumentos não passavam de um apanhado de mentiras e calúnias produzido por um grupo político ligado ao prefeito. Para ele, foi montada uma farsa para ganhar no ‘tapetão’ o que perderam no voto. “E, o próprio vereador que se gaba da experiência conferida pelos seus cinco mandados, foi pego “de surpresa” por câmeras desconhecidas dizendo terem tentado lhe vender votos e estava armado o teatro”, ressaltou o advogado descrevendo a filmagem acusatória.
A falta legitimidade das testemunhas arroladas no processo foi um dos pontos mais explorados na defesa dos vereadores Dr. Ricardo e Asael Pereira (PSB). “Criaram testemunhas falsas, estas testemunhas tidas como juridicamente suspeitas foram o embasamento de todo este golpe”, afirmou Castro. “Interessados nos litígios não devem ser recebidos como testemunhas, mas apenas ouvidos, lembrou Celso Bedin Jr. Advogado de Pereira.
A deputada Angela Albino acompanhou a sessão |
Além de manifestantes em apoio ao vereador Ricardo, também estavam presentes membros e pastores da Igreja Assembleia de Deus, base social do vereador Asael Pereira.
Entendendo o caso
No dia 14 de dezembro foi realizada a eleição para a mesa diretora da câmara. Disputaram a presidência os vereadores João da Bega (PMDB) e Jaime Tonello (DEM).
O resultado foi inesperado para o prefeito Dário Berger (PMDB). João da Bega foi derrotado por 9 votos a 7. No dia seguinte, no Jornal do Almoço, da RBS, foi iniciada a operação para tentar desmoralizar a câmara municipal. Foi feito um grande alarde de que houve compra de votos.
A seguir, houve uma série de informações desencontradas. Ora o prefeito dizia ter recebido um pedido de dinheiro por parte do vereador Ricardo, depois dizia que não ouviu nada, mas um amigo teria ouvido. E aos poucos foram montando uma farsa repleta de furos.
Foram dois meses de intensa pressão midiática, principalmente por parte do grupo RBS/Rede Globo, que desde a primeira hora tomaram partido, dando amplo espaço às acusações infundadas feitas pelo vereador João da Bega (PMDB), candidato derrotado à presidência da câmara.
O que estava em jogo
Dário Berger está prestes a ser julgado pelo STF (caso de prefeito itinerante) e provavelmente será cassado. Neste caso, quem assume interinamente o executivo municipal é o presidente da câmara.
Fica fácil entender: Dário queria um aliado no comando, para ter influência no processo sucessório. Como não conseguiu, fez um esforço para mudar a correlação de forças na câmara, cassando dois vereadores da nova oposição.
Fonte: Assessoria do Vereador Ricardo Vieira
Fotos: Josemar Sehnem
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