Eleição dos Jornalistas

Em toda eleição existem regras a serem seguidas. É a burocracia regida por leis, estatutos e editais. Todo postulante a cargo eletivo tem a obrigação de saber disso.

No caso das eleições do Sindicato Jornalistas Santa Catarina, as regras foram estabelecidas pela comissão eleitoral, escolhida em assembléia geral, composta por três jornalistas: Clarissa Peixoto, Maria José Baldessar e Caio Teixeira, que, por sua vez, se baseou no estatuto da entidade.

O problema é reduzir o debate da exigência documental a ponto de desinformar mais do que informar, correndo o risco, inclusive, de proporcionar manifestações de caráter anti-sindical, o que é condenável.

Se as exigências são absurdas, cabe o debate para que, em momento oportuno, elas sejam alteradas, mas não agora, no calor da disputa eleitoral. Disputa, aliás, que não acontecia há 24 anos.

Eu mesmo, estando na direção do SJSC, tive que preencher uma ficha de qualificação, apresentar registro, fotocópias de documentos e comprovar exercício da atividade de jornalista. Burocracia, fazer o que.

Nós, jornalistas, talvez estejamos desacostumados à disputa, e por isso, ainda desinformados. Cabe aos jornalistas candidatos utilizar este momento para aprende e ensinar, e não pra empurrar a sua entidade, que almejam dirigir, na vala comum.

Comentários

  1. Pois é, Jose, o problema é a visão ultrapassada e limitada do que seja a "prática do jornalismo". Temos que evoluir nisso, entender que o campo de trabalho se abriu e hoje nós somos especialistas em informação, como diz o nosso amigo Alexandre Gonçalves. E a informação é algo necessário em todas as áreas de atividade. Não faz sentido exigir que alguém comprove que esteja atuando "como jornalista" levando em conta parâmetros antiquados. Um exemplo: uma das minhas atividades como freelancer é fazer pré-produção para agências de publicidade - ou seja, buscar e organizar informações. Supondo que eu fizesse isso em tempo integral, não estaria fazendo jornalismo? Quem disse? E quem escreve livros institucionais? E quem produz roteiros? E quem abastece redes sociais? E quem trabalha em assessorias? Todos praticam jornalismo. Quem se formou em jornalismo e trabalha de alguma forma com informação pratica jornalismo. Simples assim. Além do mais, de fato, o sindicato não pergunta "o que você anda fazendo, tem praticado jornalismo?" antes de pedir a contribuição. Abraço. Maurício Oliveira

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