MPT alerta sobre o assédio político nas eleições


Prática ocorre com maior frequência entre terceirizados; a gratidão pela indicação do emprego faz com a irregularidade não seja denunciada. “No caso do assédio político, o candidato olha para você e vê uma cédula eleitoral.” A afirmação é do procurador do Trabalho, Francisco Gérson Marques, que alerta para uma situação já considerada corriqueira em época de eleição e que, pela ameaça da perda do emprego ou de retaliação, faz com que funcionários sejam obrigados a votar em candidatos apoiados por seus patrões.

De acordo com o procurador, o assédio político acontece com maior frequência com empregados terceirizados, por conta da fragilidade na relação de trabalho e em favor da pessoa que fez a indicação do trabalhador para a contratação. “Elas entendem como ajuda. Dão seu voto como uma forma de agradecer pelo emprego”, ressalta. “Uma prática dessas ofende vários valores democráticos numa tacada só, além de estabelecer uma concorrência desleal entre os candidatos.” O assunto foi tema de palestra da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) do Ceará, realizada em agosto.

Para o superintendente do Trabalho e Emprego no Ceará, Júlio Brizzi, o assédio político não é denunciado por ser mais comum do que se pensa, tanto que é encarado com naturalidade. “Por se tratar de assédio, as pessoas precisam contextualizar, explicar, trazer comprovações, como um e-mail, uma carta, uma testemunha. Algo que consiga demonstrar o fato”, explica."  (Fonte: MPT)

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