Agregado no FNDC, movimento sindical se aproxima da luta pela democratização da comunicação

Do sitio do Barão de Itararé - A eleição de Rosane Bertotti, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), para a Coordenação-Geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) marcou uma aproximação ainda maior do movimento sindical à luta pela democratização das comunicações.

A CUT se soma à União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), também integrantes do FNDC, na batalha por diversidade e pluralidade, pelo fortalecimento da democracia e por questões como banda larga para todos, defesa dos direitos das crianças e adolescentes, fortalecimento da comunicação pública e outros temas que estão relacionados à luta por um novo marco regulatório para as comunicações.

Eduardo Navarro, Secretário de Comunicação da CTB, comenta que a plenária do FNDC, ocorrida nos dias 9 e 10 de dezembro, em São Paulo, foi positiva por apostar na ampliação. “O debate sobre a democratização da comunicação tem que ganhar as ruas, fazer parte do cotidiano das pessoas e, para isso, é preciso agregar as mais variadas entidades”, diz.

Navarro não acredita que a maior presença do movimento sindical, em particular da CUT, possa hegemonizar o FNDC. “O FNDC em seus 20 anos tem uma trajetória de luta reconhecida e que foi fortalecida nesta plenária. Há dezenas de entidades dos mais variados campos no FNDC. Todas estas entidades vão atuar em conjunto a partir da plataforma aprovada. A maior presença de trabalhadores só mostra a importância desta pauta política nos dias de hoje”, avalia.

Em sua opinião, o movimento sindical só tem a contribuir com a agenda de lutas do FNDC: “Saímos dessa plenária com a missão de levar para as ruas a luta pelo marco regulatório das Comunicações. As centrais sindicais e federações de trabalhadores podem ser fundamentais nesse sentido”. Sobre a eleição de Bertotti, da CUT, Navarro conta que a CTB apoiou sua candidatura. “Apoiamos a candidatura da Rosane por acreditarmos que ela impulsionará o debate em uma dimensão popular, que é o que queremos”.

Entusiasmado com os desafios do FNDC, Marcos Afonso, Secretário de Comunicação da UGT, afirma que as entidades sindicais presentes no FNDC trabalham em conjunto. “A CUT foi eleita para a Coordenação-Geral com maioria significativa de votos. Isso significa alguma coisa. Fora isso, existe um trabalho de articulação do movimento sindical para a atuação no FNDC, pois queremos contribuir para as lutas da entidade”.

Além da principal pauta do FNDC para os próximos dois anos – a criação do marco regulatório para a comunicação –, Afonso chama a atenção para a necessidade de se democratizar, também, o acesso aos meios de comunicação. “Os trabalhadores também precisam ter seus meios de comunicação, por isso, creio que é tarefa do movimento sindical debater a questão das concessões de rádio e TV, por exemplo”, aponta. Segundo Afonso, o FNDC começará 2012 “com força e energia para superar os obstáculos na luta pela democratização da comunicação”.

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