Estréia do documentário "Impasse" reúne cerca de 700 pessoas na UFSC
Recebi artigo da jornalista Raquel Wandelli com um relato sobre a estréia do documentário Impasse no último dia 16 de setembro no auditório da UFSC.
Foram 80 minutos de comoção. Aglomerados nos corredores, em cima de mesas improvisadas, nas entradas de portas para garantir um lugar, estudantes, professores e trabalhadores em geral aplaudiram de pé o registro histórico e cinematográfico das manifestações ocorridas em maio e junho deste ano contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. A resposta ao resultado político e estético do trabalho dos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger vídeo foi inequívoca: ao final, a plateia se levantou e centenas de pessoas partiram espontaneamente em passeata até a avenida Beira-Mar Norte. “Foi incrível porque não podíamos prever uma reação tão forte”, assinalou Evangelista.
Além de entrevistar estudantes e policiais, protagonistas dos atos de rua, os documentaristas entrevistaram também empresários, usuários e especialistas do transporte. Desse modo, embora posicionado, o documentário não fugiu à polêmica e à pluralidade de vozes que envolvem a questão, mostrando a complexidade e as tensões de todos os lados. Segundo o técnico de som e imagem da UFSC, Joel Cordeiro Filho, o evento bateu recorde de público no local.
A platéia riu, gritou, aplaudiu e ficou chocada com muitas cenas e depoimentos, com destaque para os flagrantes de violência policial e para as afirmações do Secretário de Segurança Pública do Estado. Ele justificou o uso da arma taser (armas de choque) em movimentos sociais e disse que a polícia militar entrou na UDESC para pegar pessoas que cometeram crimes, mas sem especificar quais crimes seriam estes.
O jornalista Cacau Menezes, em sua coluna no Diário Catarinense, relatou que “a platéia reagia a cada cena como se fosse um jogo de futebol”. E, de fato, quase ninguém parece ter ficado indiferente assistindo ao documentário, que tem cenas inesquecíveis, como a de um morador de rua que pega o megafone no final de uma das manifestações e canta No Woman No Cry, música de Bob Marley, sendo acompanhado por dezenas de estudantes.
Para o jornalista e sambista Artur de Bem, presente no lançamento, “Impasse apresenta cenas raras, com um impacto violento, algo que nunca havia sido mostrado em lugar nenhum”. O estudante de geografia Victor Khaled, integrante da Frente de Luta pelo Transporte Público, escreveu no Passa Palavra, site luso-brasileiro, que “o filme é simplesmente fantástico, é engraçado, muito informativo, sério, bem feito e empolgante. Tudo muito mágico e emocionante”.
“O mais gratificante da produção”, afirma a diretora Juliana Kroeger, “foi ter trabalhado com uma equipe muito talentosa e dedicada”. Quase todos os integrantes do documentário são estudantes da UFSC e da Faculdade Estácio de Sá. Impasse, que teve o apoio de 16 entidades, entre elas a Secretária de Arte da UFSC, Secarte, está sendo vendido a R$15 no Diretório Central dos Estudantes (DCE). Maiores informações no site http://www.impasse.com.br/ Raquel Wandelli é jornalista.
Estréia de Documentário Impasse na UFSC mobiliza público inédito
Exibição do esperado documentário sobre o movimento do passe livre em Florianópolis fez público vibrarar como a torcida de um estádio de futebol
Por Raquel Wandelli http://www.secarte.ufsc.br/ http://www.ufsc.br/
O lançamento do documentário Impasse levou cerca de 700 pessoas ao auditório da Reitoria da UFSC, na noite do dia 16 de setembro. A estreia transformou-se em um ato público de apoio ao Movimento Passe Livre e protesto contra a repressão dos manifestantes. Mais da metade do público ficou do lado de fora, no hall, acompanhando o documentário por um telão, interagindo com gestos de apoio ou indignação, lágrimas e gargalhadas do discurso primário e reacionário das autoridades responsáveis pelo transporte público e pela repressão policial.
Foram 80 minutos de comoção. Aglomerados nos corredores, em cima de mesas improvisadas, nas entradas de portas para garantir um lugar, estudantes, professores e trabalhadores em geral aplaudiram de pé o registro histórico e cinematográfico das manifestações ocorridas em maio e junho deste ano contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. A resposta ao resultado político e estético do trabalho dos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger vídeo foi inequívoca: ao final, a plateia se levantou e centenas de pessoas partiram espontaneamente em passeata até a avenida Beira-Mar Norte. “Foi incrível porque não podíamos prever uma reação tão forte”, assinalou Evangelista.
Além de entrevistar estudantes e policiais, protagonistas dos atos de rua, os documentaristas entrevistaram também empresários, usuários e especialistas do transporte. Desse modo, embora posicionado, o documentário não fugiu à polêmica e à pluralidade de vozes que envolvem a questão, mostrando a complexidade e as tensões de todos os lados. Segundo o técnico de som e imagem da UFSC, Joel Cordeiro Filho, o evento bateu recorde de público no local.
A platéia riu, gritou, aplaudiu e ficou chocada com muitas cenas e depoimentos, com destaque para os flagrantes de violência policial e para as afirmações do Secretário de Segurança Pública do Estado. Ele justificou o uso da arma taser (armas de choque) em movimentos sociais e disse que a polícia militar entrou na UDESC para pegar pessoas que cometeram crimes, mas sem especificar quais crimes seriam estes.
O jornalista Cacau Menezes, em sua coluna no Diário Catarinense, relatou que “a platéia reagia a cada cena como se fosse um jogo de futebol”. E, de fato, quase ninguém parece ter ficado indiferente assistindo ao documentário, que tem cenas inesquecíveis, como a de um morador de rua que pega o megafone no final de uma das manifestações e canta No Woman No Cry, música de Bob Marley, sendo acompanhado por dezenas de estudantes.
Para o jornalista e sambista Artur de Bem, presente no lançamento, “Impasse apresenta cenas raras, com um impacto violento, algo que nunca havia sido mostrado em lugar nenhum”. O estudante de geografia Victor Khaled, integrante da Frente de Luta pelo Transporte Público, escreveu no Passa Palavra, site luso-brasileiro, que “o filme é simplesmente fantástico, é engraçado, muito informativo, sério, bem feito e empolgante. Tudo muito mágico e emocionante”.
“O mais gratificante da produção”, afirma a diretora Juliana Kroeger, “foi ter trabalhado com uma equipe muito talentosa e dedicada”. Quase todos os integrantes do documentário são estudantes da UFSC e da Faculdade Estácio de Sá. Impasse, que teve o apoio de 16 entidades, entre elas a Secretária de Arte da UFSC, Secarte, está sendo vendido a R$15 no Diretório Central dos Estudantes (DCE). Maiores informações no site http://www.impasse.com.br/ Raquel Wandelli é jornalista.
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